Eu Existo por que eu Sou, ou eu Existo por que eu Estou no Mundo?
Partimos do pressuposto de que Estar no Mundo implica em interação com o tal Mundo.
Se eu Existo por que eu Estou no Mundo, o que importa não é a minha essência, não é de que eu sou formado, mas onde eu me coloco. Minha Existência se resume à meu contexto Espaço-Tempo, sendo assim mutável. Um Espaço-Tempo diferente pressupões uma existência diferente da anterior.
Mas se eu Existo por que eu Sou, pouco importa o Mundo. Eu simplesmente Sou. Sou feito de partes. Id, Ego, Superego, que seja (ou não). Eu me defino, eu me limito à me definir e não me altero. Eu busco somente a minha essência.
A Existência não provêm do Sou ou do Estou. Provém, em um visão Gestáltica de visão do TODO, da interação dessas duas partes. A questão existencial não se resume em Onde e Quando Eu Estou, ou Quem Eu Sou, mas sim em Quem Eu Sou num determinado Local num determinado período de Tempo.
E a soma desses Eus, em todos os Espaços-Tempos que passei durante toda a minha Existência é que diz Quem de fato Eu Sou.
Ser ou Estar, eis a Questão.
Sobre dor física
Para mim é baboseira, sabe? Dor física não é nada perto das dores internas. Coração. Alma. Espírito...
Dor física não é nada. Não dói de verdade. Sou resistente. Aguento bem. É assim que eu sou.
Nota: Estou doente, infecção bacteriana na garganta. Não me peçam textos longos e criativos. Não to conseguindo.
Sobre minha luta para ser melhor
Eu sou assim, horas dá vontade de jogar tudo pro alto, avacalhar geral e tomar medidas tão drásticas que seria um grande feito mantê-las por muito tempo, horas esqueço completamete os compromissos que me são prioritários (sejam eles importantes ou não,prioridades para mim são prioridades) e deixo ao relento minhas metas. Eu sou um grande fracasso, isso é fato. Um grande de um belo dum palhaço, que fico aqui em frente a todos, nesse circo chamado vida. Sou uma decepção per se.
Mas a esperança ainda existe, a vontade ainda existe, a luta ainda persiste. Longe de ser um palhaço, um fracasso, uma decepção, sou antes de tudo alguém com vontade de mudar. Uma eterna tentativa e busca de ser cada dia menos medíocre. Acho que é essa a prioridade que deveria ser a maior para todo mundo.
Sobre quem eu quero ser
Quero ser aquele que se arrependeu de todos os erros e jamais os cometeria de novo.
Quero ser aquele que acabou de ser hipócrita por achar que não cometeria os mesmos erros.
Quero ser aquele que ajuda e que lembra, que atrapalha e que esquece.
Aquele que quero ser não sabe se escreve poemas ou cartas, pensamentos ou memórias, não sabe nem se vai continuar a escrever ou se vai achar isso tudo cafona.
Aquele que quero me transformar não sabe se vai querer sentir ou curtir, se quer namorar ou ficar.
Ele não sabe se decide pintar de vermelho ou azul, mas por via das dúvidas, pinta de listrado.
Ele é uma incógnita até para si mesmo, ele nem sabe qual nome vai usar.
Eu quero ser esse. Prazer!
Sobre ser apaixonado.
Sou um ser apaixonado. Pulo de uma paixão para outra, sem nem dar tempo de respirar. Hoje continuo apaixonado, primeiramente por eu mesmo, para manter a auto-estima, depois por tudo que não é "eu próprio". Músicas, pessoas, gestos, sentimentos, cores, objetos...
Sobre o que eu quero
É só isso que eu quero, sempre. Eu só quero que todo mundo pare. Pare de falar, pare de me consolar. Eu consigo aguentar sozinho. Eu consigo viver em paz sozinho. Eu consigo ser eu mesmo. Baste que ninguém fale mais nada, basta que todos se calem. Só isso que quero.
Sobre ser vazio
Desejo avisar os senhores do seguinte:
decididamente eu, Eduardo Mota, não sou vazio. Acredito piamente que sou a pessoa mais afetuosa e carinhosa que alguém possa conhecer, aquela que mais gosta de demonstrar o que sente, que mais gosta de sentir, principalmente.
É assim que sou, não peço que se acostume, não. É assim que sou e pronto.
Sobre Batalha
Eu sou uma pessoa assim: tenho muita preguiça de batalhar. Tenho mesmo, que mal tem assumir isso? Pelo menos não sou cara-de-pau. Tenho muita vontade de ter, de ser, de seguir, de conseguir. Mas batalhar? Esse não é pra mim. Concordo que isso é algo que preciso mudar, concordo que talvez isso me atrapalhe. Vou tentar mudar. Prometo.
Sobre Declarações.
Eu tenho essa mania, sabe? Uma mania de, repentinamente, sem motivo nenhum aparente, fazer declarações de amor. Vocês ainda não me conhecem o suficiente pra saber o que se passa em minha cabeça. Quando me declaro, é por que algo aconteceu, ou de algo lembrei, ou simplesmente por que alguém está merecendo.
É isso.
Descobertas
Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíáco.
- Gabriel Garcia Marquez
Cacos de um espelho próprio.
Reflexos trincados, cacos de reflexões e pensamentos. Partes de mim que vejo aos poucos, que vou juntando aos poucos. Trechos da minha personalidade que vou percebendo. Apenas trechos, como pedaços de um grande espelho onde me vejo e que quebrei, ou melhor, que já percebi quebrado. É assim todo ser humano, percebido em partes, e é assim que serei aqui: apenas partes, como cacos de um espelho próprio.